Por Larissa Ribas
Há quem diga que Literatura e consumo não combinam. Tem gente que discorda.
Alguns acreditam que a obra literária clássica – considerada arte – não pode ser comparada a um best seller (livro de “Literatura ruim”), já que não possui valor literário. Segundo estes defensores da Literatura tradicional, os editores de best sellers deveriam se preocupar mais com o conteúdo dos livros e menos com o número de leitores.
Por outro lado, há quem defenda que é possível unir a “boa Literatura” ao sucesso comercial. Que um best seller, apesar de não se integrar a época clássica, também possui valores literários. E que a quantidade de vendas é importante sim, mas não é a única preocupação dos editores: um livro alcança milhares de leitores – como é o caso de Harry Potter e as relíquias da morte (Ed. Rocco, 552 páginas, R$59,50) – em decorrência de sua qualidade.
Como podemos perceber, a discussão entre a obra clássica e a moderna, entre o valor literário e o mercado livreiro, entre a Literatura e o consumo dá margem a uma série de questionamentos: Mas o que vem a ser um bom livro de Literatura? Apenas aquele que possui valores literários clássicos? E o que adquire uma nova valoração? Os chamados best sellers são de fato os livros mais lidos? Ou são os que mais vendem? A obra literária é ou não considerada uma mercadoria? Nós lemos ou apenas compramos livros? Essa é nossa leitura ou a simples comprinha de livros é feita de maneira incosnciente?
Diante destas questões, para pensarmos os valores literários de consumo no âmbito cultural, é importante analisarmos as transformações da Literatura de uma forma mais abrangente. Para tal, é necessário direcionarmos o nosso olhar a uma visão mais ampla do processo, levando em conta o contexto sócio-histórico e tecnológico em que a Literatura está inserida.
E você, lê ou consome livros?
Eu leio E consumo. N tenho a menor vergonha disso, pq não é sempre que estou disposta a ler livros altamente técnicos e filosóficos: às vezes TUDO o que eu quero é um livro de mulherzinha ou um policial, pra refrescar as ideias. \o/
E discordo de todo mundo que diz que Harry Potter é lixo pra fazer vender e tal. Harry Potter é bom, pô. A mulher criou um universo fantástico, tudo se encaixa e é bem escrito. Ele vende bem pq é bom, e não ao contrário, como ocorre com muitos best-sellers da atualidade que, ao meu ver, não tem qualidade alguma nem como obra literária nem como entretenimento.
Aliás, bom timing postar esse texto no dia da pré-estreia do último filme. 🙂
Obrigada,amiga! 🙂
Agradeço em nome de todas as meninas.
beijos,
Lari
Concordando com a Fabiola e apenas acrescentando que, além de muito bem escrito, Harry Potter é um bom livro, pois o enredo fantástico é dotado de uma gama de bons personagens. Personagens que não são bons apenas por suas características, mas também por possuírem uma história e que se desenvolveram na medida em que os 7 livros foram lançados.
Outra autora “comercial” e cujos livros são de inegável qualidade é a Cecelia Ahern, que consegue juntar realismo fantástico com histórias femininas contemporâneas. Portanto, acho que o tipo de reflexão feito nesse texto, é de suma importância. Até porque, José de Alencar era best seller em sua época e hoje em dia ainda é estudado dentro da Literatura Brasileira, não é mesmo?! XD
Obrigada,Nívea! 🙂
Aliás, você está convidadíssima para escrever com a gente!
beijos