por Larissa Ribas
Bom dia a todos! Ou melhor, bonjour. Apertem os cintos que a França nos espera. Sim, a F-R-A-N-Ç-A. Preparem-se para aprender um pouco mais sobre a história e sobre a cultura do país. Através de uma viagem incrível pelas terras francesas, vocês irão conhecer Barbe-Nicole Clicquot Ponsardim, mais conhecida como A Viúva Clicquot. (Ed. Rocco, 304 páginas, R$ 39,50).
Antes de mais nada, sejam bem vindos aos séculos XVIII e XIX. E para o início da nossa jornada, uma breve passagem pelo imperador Napoleão Bonaparte e pela chamada Revolução Francesa.
Durante a Revolução, mortes e destruição compõem o retrato da França, afetando diretamente a economia e a política do país. Diante desse quadro, as mulheres – criadas para cuidar da casa e dos filhos – não têm liberdade de expressão e são submissas aos homens. Eis que surge a corajosa Barbe-Nicole.
Mulher. Viúva aos 27 anos. Mãe. Apesar das dificuldades na criação de sua filha, Barbe-Nicole se arrisca e enfrenta a sociedade. Em plena Revolução Francesa, a viúva opta por trabalhar no comércio de vinhos e o resultado é um S-U-C-E-S-S-O.
É… Quem diria que durante os séculos XVIII e XIX uma MULHER poderia se tornar uma grande empreendedora? Ainda mais viúva e com uma filha para criar. Pois é, gente, mas é isso mesmo que acontece. Logo após a morte de seu marido, François Clicquot, Barbe-Nicole decide dar continuidade aos negócios do esposo.
Vocês devem estar se perguntando como isso aconteceu, tendo em vista o contexto de instabilidade, guerras, fugas e invasões em que ela está inserida. Bom, sabemos que a França aceita o trabalho das mulheres viúvas, afinal precisam sustentar a casa e os filhos. Mas o tipo de função costuma ser outra (muitas são costureiras). Não é o caso da personagem que rompe com os padrões da época em prol de seus ideais.
Após anos de trabalho, a viúva concretiza os sonhos do marido: ganha espaço no mercado internacional, consolidando a marca do champagne. Não é a toa que a própria Barbe-Nicole passa a ser conhecida como A Viúva Clicquot.
Em A Viúva Clicquot, Tilar J. Mazzeo constrói uma narrativa simples e leve. A autora aborda a história da marca de champagne Clicquot. Além do processo de produção de vinhos, Tilar nos apresenta um livro recheado de acontecimentos históricos, de empreendedorismo, de desafios e de superação.
Até semana que vem!