Meio Ambiente: Arranha-céu sustentável?

Na contramão da sustentabilidade, os arranha-céus são ícones de uma cultura urbana e capitalista e, em geral, reúnem uma alta circulação de pessoas, grande desperdício de recursos, alto custo de energia, grande produção de lixo e considerável emissão de CO2. Relembrando os 10 anos do fatídico 11 de setembro, em Nova York, 2001, o jornalista e ambientalista André Trigueiro, acompanhando a construção do complexo de prédios que irá ocupar, o local antes ocupado pelas Torres Gêmeas, levantou o conceito de Green building, propondo uma nova geração de arranha-céus. Os prédios estão previstos para serem inaugurados até 2016.

Uma das técnicas utilizadas é a coleta de água de chuva para vasos sanitários, irrigação de jardins, brigadas de incêndio, lavagem de pisos ou janelas e, no caso de prédios mais sofisticados, o tratamento e a recirculação da água para fins mais nobres.

Do material escolhido para a construção à redução da energia através de janelas refletoras para evitar a absorção de calor, ou, simplesmente, a utilização de ar-condicionados mais eficientes, há um aumento da demanda pelas construções verdes e o desenvolvimento de construções sustentáveis, não apenas em Nova York, mas em várias partes do mundo.

O uso de materiais e tecnologias alternativas na construção apresenta uma opção significativamente menos agressiva ao meio ambiente, se comparado aos materiais industrializados como aço e concreto. Além disso, eles apresentam baixo consumo de energia e baixo custo de produção. As construções que adotam o conceito da Bioarquitetura utilizam materiais naturais como terra crua, fardos de palha, bambu e tetos verdes, desenvolvendo um trabalho de forma integrada ao ecossistema, com máximo aproveitamento do clima e das condições locais.

As construções de adobe — técnica que consiste na moldagem artesanal e secagem ao sol de tijolos de barro com fibras vegetais (em geral palha) —, quando bem executadas, podem ser resistentes até mesmo a abalos sísmicos. Sua confecção dos adobes não envolve queima como os tijolos comuns, simplesmente secando ao sol, o que evita a liberação de CO2 para a atmosfera.

Na América Latina, esse tipo de construção é ainda culturalmente associado à falta de recursos financeiros, o que restringe o número de pessoas que aderem à técnica. O Brasil tem uma vasta experiência, no meio rural, com a construção a partir da terra crua, como a técnica do pau-a-pique, hoje valorizada também como alternativa para construções de pequeno e médio porte. Já na Europa, o método é aproveitado por famílias de alto poder aquisitivo.

TELHADO VERDE

As edificações, inovadoras, apesar de usarem conhecimentos ancestrais, possibilitam um design ao mesmo tempo bucólico e moderno, ao substituir as telhas e lajes tradicionais por uma cobertura vegetal, composta por gramados. Esse método permite o isolamento térmico da construção e colabora com a redução do efeito estufa, por meio dos elementos orgânicos que absorvem gás carbônico.

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