Em Janeiro de 2010, uma cantora desconhecida lançava um CD que não faria muito sucesso. Produzido por David Kahne (Regina Spektor, The Strokes) e lançado em formato digital, o álbum tinha 13 faixas e logo saiu de circulação no iTunes. Lizzie Grant continuou no anonimato.
Até aí, nada muito diferente dos outros milhares de artistas que tentam conquistar um lugar na indústria fonográfica. Mas Lizzie Grant se reinventou. Deixou para trás seu nome de família por um mais artístico: Lana Del Rey, uma combinação de Lana Turner com Ford Del Rey. Um vídeo no YouTube e 20 milhões de acessos depois, e ela se tornou uma das maiores apostas da música pop de 2012.
Após o sucesso de Amy Winehouse e Adele, a indústria americana está à procura de uma nova grande intérprete (e líder de vendas). É aí que Lana Del Rey se encaixa, com sua voz de veludo, beleza que nenhuma das cantoras anteriores tem (de acordo com os padrões americanos) e polêmica no currículo (graças ao álbum proibido e ao patrocínio do pai milionário).
Na última segunda, dia 30/1, Lana lançou o tão aguardado CD Born to Die. O álbum veio manchado pela péssima interpretação da artista no Saturday Night Life, pelas acusações de que ela seria uma jogada de marketing e pelo aviso da cantora para o público não esperar muito dos seus shows. A maior parte das críticas se deve à falta de autenticidade da cantora. Na minha opinião, as críticas estão mal direcionadas.
Crítica 1: Quem é Lana Del Rey?
Lizzy Grant não é a primeira pessoa a criar uma persona para os palcos. David Bowie e Madonna fizeram carreira graças às suas características camaleônicas. Stefani Germanotta, mais conhecida como Lady Gaga, tenta repetir o feito. O nome verdadeiro de Bob Dylan é Robert Zimmerman. Iggy Pop nasceu James Osterberg. Como você pode ver, mudar e se reinventar faz parte da carreira de um artista.
Independente das controvérsias, Video Games, sucesso no You Tube, tem um clima nostálgico inebriante e Born to Die poderia entrar para a trilha sonora de um próximo 007. Blue Jeans, Diet Mountain Dew e Without You também parecem promissoras.
Crítica 2: Não sabe cantar
O grande problema é que nem Lizzie Grant nem Lana Del Rey cantam ao vivo. Mais uma vez, isso não parece problema para a indústria da música. Britney Spears construiu toda a carreira fazendo playback.
Crítica 3: É tudo marketing!
Em uma coisa Lana Del Rey foi muito bem sucedida. A campanha de marketing em torno de seu nome funcionou e todos falam dela. É o famoso “falem mal, mas falem de mim”. As críticas do novo álbum, Born to Die, mencionam pouco as músicas, mas quem se importa? A grande estrela dessa campanha é a artista.
E vocês, o que acham de Lana Del Rey?
Cantora que não sabe cantar? WTF!?!?!? Eu já perdi todo o interesse…
Uma vez vi uma entrevista da Lady Gaga. Ela estava dizendo que algumas pessoas estava surpresas porque ela cantava ao vivo, sem playback. Ela respondeu: “Claro que canto, eu sou uma cantora, oras, é isso o que cantoras fazem!”. Eu posso não ser fã do estilo musical dela, mas cantor, pra mim, tem que cantar ao vivo, sim!
[]s
Lívia.
Oi Lívia,
também acho que cantor tem que cantar. Apesar de ter uma ou duas músicas legais, a Lana Del Rey está longe de entrar na minha lista de favoritos.
Só acho um pouco hipócrita da parte da mídia criticá-la por falta de talento. Tem tantas outras aí que fazem toda fama com a mesma inabilidade para cantar…
bjs!
Amanda
Não conhecia, mas vou falar que vi o clipe e achei a música chatiiiinha…
E também acho o fim cantora que só faz playback, a Britney e outras cantoras que ficaram famosas fazendo isso são performers, as pessoas não vão ao show só p/ ouvir as músicas, e sim pela coreografia, pelas “encenações” no palco, os efeitos e tal… cantoras tipo Adele, Amy e cia TEM que cantar pq o público vai lá simplesmente para ouvi-las.
Enfim, não achei ruim, mas tb não achei nada OMG, sabe?