Música: Sombra e água fresca

Meu gosto musical é meio alheio ao verão. Afinal, grande parte dos artistas que eu ouço vem de uma ilha chuvosa no Atlântico. Resolvi abrir uma exceção neste post e viajar até o Pacífico, onde, num arquipélago ensolarado e com ondas gigantes, o ukelele é muito popular.

O instrumento de quatro cordas parece um cavaquinho e foi levado para o Havaí por imigrantes portugueses da Ilha de Madeira. Pequeno, fácil de carregar para todos os cantos e barato, o ukelele logo conquistou outros países. Nos últimos anos, o instrumento ganhou vida nova, e vem sendo usado por vários artistas, das mais diferentes trajetórias musicais. Vou destacar aqui as misturas de que eu mais gosto. Os havaianos Jack Johnson e Israel Kamakawiwo’ole ficam para outro post.

Paul McCartney

Quem já foi a um show do Macca vai me entender. O momento mais emocionante do espetáculo é quando o ex-Beatle homenageia o amigo George Harrison cantando Something acompanhado somente de um ukelele.

Beirut

O ukelele pode não ser um instrumento típico do leste europeu, mas a banda americana liderada por Zach Condon faz da profusão sonora de suas músicas (inspiradas na sonoridade balcã) o lugar perfeito para a simplicidade do ukelele.

Eddie Vedder

Um dos principais nomes do grunge surpreendeu fãs e críticos ao fazer a trilha sonora de Into the Wild. Quatro anos mais tarde, repetiu o feito com Ukelele Songs. No CD, Vedder quase consegue com que o instrumento perca a sonoridade praiana característica. Apesar de não ser tão bom quanto a trilha do filme de Sean Penn, o álbum vem com pérolas como a versão de Tonight You Belong to Me, em parceria com Cat Power.

Amanda Palmer

A vocalista e pianista do Dresden Dolls lançou, em 2010, um álbum só com versões em ukelele de músicas do Radiohead. As complexas composições de Thom York e cia ficaram ótimas em quatro cordas.

One thought on “Música: Sombra e água fresca

  1. Belo post, Amanda! Adoro o Paul cantando qualquer coisa que seja (ainda mais dos Beatles), mas acho que Something é do George pra sempre, rs! Gostei da versão da Amanda Palmer, ainda não a tinha ouvido cantar/tocar, só a conhecia por ser esposa do Neil Gaiman. ;]

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