Luz, samba e ação

O carnaval não chegou apenas nas ruas. A festa mais brasileira de todas marca presença em dois documentários que estrearam na última sexta-feira: As batidas do samba e Coração do samba.

Antes mesmo de passar pelos cinemas, As batidas do samba foi exibido pelo Canal Brasil, no dia 6 de fevereiro. Aliás, a emissora apresenta até a próxima quinta-feira uma programação especial dedicada ao feriado da folia. Para saber mais, veja aqui.

O filme dirigido por Bebeto Abrantes procura investigar as particularidades do samba. Analisa-se desde sua origem africana até as transformações que o gênero musical sofreu ao longo dos anos. É quase uma aula sobre o assunto, mas o tom não é nada acadêmico.

Quem atua como guia desta jornada é o percussionista Marçalzinho. Artistas como Monarco, Wilson das Neves e o grupo Fundo de Quintal também dão seus depoimentos. Wilson das Neves, por exemplo, dá muita importância à bateria. Em certo momento, ele diz: “Se a bateria para, cadê a escola? Você pode ter 500 carros alegóricos, milhões de Adriane Galisteu na frente, não resolve nada se a bateria parar”.

A bateria é destaque principal de Coração do samba. A diretora Thereza Jessouroun foca no trabalho da Estação Primeira de Mangueira para os desfiles de 2004 e 2011. Quem conduz a narrativa é Elmo dos Santos, ex-presidente da escola.

A premissa do documentário está clara no seu título. Thereza defende que são os ritmistas que movem a escola. Para sustentar essa tese, há entrevistas com os próprios músicos. E é claro que  imagens da própria bateria em ação não são esquecidas.

Outro documentário que aborda o samba é Mistério do Samba, cujo lançamento foi em 2008. Os cineastas Lula Buarque de Holanda e Carolina Jabor enfoca a Velha Guarda da Portela.  Entre as estrelas que integram o longa estão Monarco, Marisa Monte, Zeca Pagodinho e Paulinho da Viola.

Na ficção, uma das promessas da produção audiovisual é a cinebiografia sobre Joãozinho Trinta. O ator Matheus Nachtergaele foi escalado para o papel principal e a direção vai ficar por conta de Paulo Machline, que já fez um documentário sobre o carnavalesco morto em dezembro de 2011. As gravações devem começar ainda este ano em Paulínia. Agora é esperar pelo lançamento. Quem sabe fica para algum carnaval?

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