Meio Ambiente: Grama no tapete vermelho

Símbolo da maior cerimônia de premiação da indústria cinematográfica mundial, a estatueta de 34,29 cm, composta por 92,5% de estanho, 7,5% de cobre, folheada a ouro de 14 quilates e platina, pesando 3,85 kg é o troféu mais cobiçado nesse meio, ainda que para obter apenas uma valiosa indicação. O filme Avatar, do cineasta James Cameron – que dá voz à natureza sobre a crueldade das atividades humanas e evoca o equilíbrio no ecossistema –, recebeu indicação de Melhor Filme e Diretor no Oscar 2010.

Seguindo uma apuração que avalie o viés ecológico na prática, podemos dizer que “the Oscar goes to….” Suzy Amis Cameron, esposa do diretor de Avatar. Partindo da ideia de que “a ação começa com a consciência”, a ativista promoveu um toque sustentável a este grande e esperado evento. Idealizado em 2009, o concurso internacional “Vestido Verde no Tapete Vermelho”, chega à passarela da 84ª edição do Oscar no próximo domingo (26), em Los Angeles, nos Estados Unidos, com looks antenados à causa verde.

Um vestido adequado a um evento deste porte e que seja ecologicamente correto em toda a sua cadeia produtiva é o desafio que visa estimular a criação sustentável a partir dos modelos de alto luxo exibidos pelas atrizes neste ritual de consagração. Considerando que a indústria têxtil é uma das maiores consumidoras dos recursos naturais – entre água e combustíveis fósseis –, a etiqueta ou selo verde implantada no universo da moda é uma importante aliada na empreitada ambiental.

Tecidos feitos a partir de algodão orgânico, grãos de café, garrafas PET, juta ou fibra de bambu são alternativas que substituem de forma eficaz o algodão comum, cuja cultura é responsável por cerca de 30% da utilização de inseticidas ou pesticidas, que podem contaminar o solo e os rios. Conheça as propriedades destes materiais alternativos:


Algodão orgânico

É cultivado sem o uso de pesticidas, fertilizantes químicos e reguladores do crescimento. Para ser 100% orgânico, no processo de tingimento devem ser usados pigmentos naturais.

Fibra de bambu

Planta de crescimento rápido, o que significa que é altamente renovável. Se reproduz em abundância sem o uso de pesticidas e fertilizantes. Sua fibra é naturalmente antibactericida, biodegradável e extremamente macia. Tem característica termodinâmica, deixa a peça fresca no verão e mais quente no inverno.

Garrafas PET

O plástico reciclado é transformado em fibras que produzem um tecido forte, mas macio. Em geral, elas são combinadas com algodão, que dá um toque ainda mais confortável.

Juta

Com aparência semelhante a do linho, é plantada na região amazônica, sem nenhum impacto ambiental. É preciso apenas água para o seu cultivo, sem a necessidade do uso de agrotóxicos. Além disso é biodegradável.

(Fonte: Revista Planeta Sustentável)

Apesar de não ser restringido o uso de botões, miçangas e outros acessórios típicos do vestuário feminino, os candidatos ao concurso devem focar no uso de materiais recicláveis, naturais e orgânicos, apresentando um projeto que especifique quais os itens que serão utilizados na confecção e de que materiais ou substâncias eles são feitos. O design verde ou ecofriendly escolhido será usado por uma atriz durante o evento.

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