Você comemora e/ou participa do Dia Mundial Sem Carro (22 de setembro)? Sabemos que a indústria automobilística – que completa 56 anos (de implantação definitiva), no Brasil – veio como uma promessa de desenvolvimento sócio-econômico para a nação tupiniquim. Mas, entre fatores como trânsito, saúde pública e meio ambiente, a fabricação de automóveis em larga escala tem apresentado mais problemas do que solução.
Os gases liberados pelos veículos automotivos – como o monóxido (CO) e o dióxido de carbono (CO2), o óxido de nitrogênio (NO), o dióxido de enxofre (SO2), derivados de hidrocarbonetos e chumbo – representam uma fonte poluidora significativa e se insere como um grave problema ambiental dos centros urbanos. Caso tenha um, encontre o seu “possante” nesta lista e descubra a parcela de poluição gerada: http://servicos.ibama.gov.br/ctf/publico/sel_marca_modelo_rvep.php
Algumas pesquisas, como as da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), indicam que o motor de um carro antigo, com mais de 15 anos de uso, por exemplo, é ainda mais agravante, pois gera uma poluição 28 vezes maior que a de um carro com menos de 6 mil km rodados.
Ainda que, hoje, as montadoras desenvolvam novas tecnologias, carros e combustíveis alternativos que permitam reduzir a emissão desses poluentes na atmosfera – e que o próprio governo reforce a fiscalização sobre os carros que não estiverem regularizados com as normas do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) –, lidamos diariamente com este sério risco ao meio ambiente e à saúde da população.
E por que não usar a BICICLETA?
A palavra deriva do latim bi (dois) e do grego kyklos (rodas), sendo um veículo de duas rodas. Do inglês bicycle com o diminutivo francês bicyclette, foi adaptado do castelhano como bicicleta.
A mais antiga delas era conhecida como “cavalinho-de-pau”. O transporte teria surgido na cidade de Paris, em 1818, mas documentos históricos – arquivados no Museu de Madrid – indicam que os primeiros esboços deste transporte surgiram do inventor italiano Leonardo da Vinci, ainda no século XV.
A bicicleta reuniu criações de diferentes inventores até chegar ao modelo que conhecemos atualmente, com pedais, sistema de correntes ligadas às rodas de borracha e guidão – mecanismos que permitiram maior velocidade e estabilidade ao veículo. O “projeto final” é atribuído ao inventor inglês John KempStarley, na década de 1880. Quase vinte anos depois, o Brasil recebia as primeiras bicicletas vindas da Europa. Mas é fato que elas ainda perdem em popularidade para o cardápio dos carros de desejo.
Diante da questão dos engarrafamentos e da poluição ambiental nas áreas centrais das cidades, o Bike Rio (http://www.mobilicidade.com.br/bikerio.asp) ou Sistema de Bicicletas Públicas (SAMBA) – projeto de iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro, em parceria com o Banco Itaú – se apresenta como uma solução ecológica de meio de transporte para facilitar o deslocamento das pessoas em pequenos percursos, nos centros urbanos.
O projeto carioca é inspirado na versão parisiense Vélib’ e, hoje, se concentra na Zona Sul do Rio, com 60 estações – alimentadas por energia solar – e 600 bicicletas distribuídas nos bairros de Copacabana, Ipanema, Leblon, Lagoa, Jardim Botânico, Gávea, Botafogo, Urca, Flamengo, além do Centro.
Entre as dificuldades encontradas pelos usuários está o fato de que o aluguel só é possível via telefone ou aplicativo no celular, a demora no atendimento da central telefônica (para quem não tem o acesso à Internet), problemas de manutenção e a sobrecarga do serviço com a indisponibilidade de bicicletas em horários de pico ou a falta de vagas para estacionar.
Curiosidade
Bicicletário vertical: veja o projeto criado por designers estrangeiros como proposta para solucionar o problema de estacionamento desse tipo de transporte:
O sistema de aluguel de bicicletas é uma prática crescente – e de sucesso – em grandes cidades no mundo. Que tal aderir ao movimento ou, quem sabe, retirar e desenferrujar a “magrela” que ficou esquecida na sua garagem?