Os religiosos que me desculpem, mas, pra mim, Páscoa é sinônimo de chocolate. Aliás, só a Páscoa não: assim como toda chocólatra que se preze, eu não preciso de uma ocasião específica para comer chocolate. Quando bate a vontade, lá estou eu com uma barrinha na mão, sem dó nem piedade.
A diferença é que alguns feriados, santos ou não, parecem impulsionar certos pecados: a luxúria durante o Carnaval, a preguiça no Dia do Trabalhador (vai entender?!) ou a gula em plena Páscoa. Agora, se o pecado já é bom, imagina o que acontece quando você se torna um viciado?!
Particularmente, considero o vício do chocolate um dos menos prejudiciais à saúde. Ok, tudo bem que se você exagerar na dieta (na Páscoa, pode!), corre o risco de disparar os ponteiros da balança, aumentar as taxas do mau colesterol e, no caso de algumas pessoas, ficar com o rosto com aparência de um “Chokito’’, devido à acne.
Por outro lado, um dos componentes básicos do chocolate é o aminoácido feniletilamina, precursor da serotonina, substância fabricada em situações de felicidade. Portanto, caríssimo, chocolate até engorda (esquece aquela “coisa” diet) porém traz felicidade. Mais do que isso: é fonte de energia e ajuda a aliviar as tensões. O vício decorre justamente porque ele ajuda a soltar o nós das costas, do peito e da garganta.
A Páscoa seria a época perfeita para se tornar um chocólatra senão fosse um detalhe: o encarecimento do produto. Uma simples caixa de bombom chega a custar 20%, 30% mais caro. Todo ano, pais e avós reclamam do aumento do preço dos ovos de Páscoa. Com o dólar em baixa, muitos brasileiros, de certo, vão dar preferência aos chocolates importados.
Apesar dos custos, eu pergunto: chocólatra ou não, alguém consegue ficar sem comer chocolate na Páscoa? Uma semana deliciosa pra você!