Um homem e seu violão. Isso é tudo o que é preciso para fazer o folk.
O termo folk se refere, na verdade, à música folclórica – seja ela dos Estados Unidos ou Finlândia, mas falo aqui do estilo musical nascido no século XX, onde o violão acompanha uma história quase falada sobre questões sociais e crítica política.
Um dos precursores do estilo foi Woody Guthrie, cujo centenário é comemorado este ano. O nome não significa muito para os brasileiros, mas ele é autor de um clássico do cancioneiro americano: This Land is Your Land.
Anos depois, um artista ousou substituir o violão pela guitarra. Bob Dylan revolucionou o estilo e fez dele um som próprio.
O folk sobreviveu à loucura do movimento psicodélico, à breguice da década de oitenta e ao pop grudento da década de 90 sem perder o viço. Do alto de seus 1,65 metros (no máximo!), The Tallest Man on Earth faz lembrar um Bob Dylan de início de carreira. Com o músico sueco, as composições perderam o teor político, mas mantêm as queixas do homem comum.
O Brasil também produz folk. Não, não se trata de Tchubaruba, da agora musa do MPB rock Malu (Magalhães). Philip Long, nome artístico do cantor e compositor Felipe Ferreira, tem muito a dizer. Ele acabou de lançar o terceiro CD num período de menos de um ano. No recém lançadoDancing With Fire (A Folk Opera) tem a bela It’s Hard When It Aches. Todos os CDs dele podem ser baixados gratuitamente no site da Musicoteca.
E para vocês, quem sabe fazer música sem precisar abusar de efeitos e bandas enormes?