Uma turnê de 32 dias gera mais de 5.000 toneladas de CO2. Foi a esse número que o Pearl Jam chegou ao calcular a pegada de carbono da turnê mundial realizada em 2009.
Desde 2003, o Pearl Jam calcula a quantidade de dióxido de carbono produzido em suas turnês mundiais e reserva parte do valor arrecadado nelas para investir em projetos relacionados ao meio ambiente, de forma a mitigar o CO2 que eles liberam na atmosfera. Entram nessa conta os voos, estadias em hotéis, milhagem percorrida pelos caminhões com os equipamentos e o número de fãs presentes em cada show. Confiram aqui para onde já foram as doações.
Quem também está envolvido em questões ambientais é Thom Yorke, vegano e líder do Radiohead. Ele é um ativista da causa verde, pressiona o governo inglês para adotar medidas mais fortes contra o aquecimento global e também tenta reduzir o impacto das turnês, as quais ele considera insustentáveis.
Yorke: “the last people on Earth we should be getting do this agreement are politicians, but they’re the only people we got”.
Um dos principais motivos que tornam as turnês ambientalmente inviáveis é a maneira com que os fãs chegam aos locais dos shows. Para evitar que todo o esforço de utilizar lâmpadas que consomem menos energia, por exemplo, seja neutralizada pelas emissões dos fãs, o Radiohead dá preferência por locais que podem ser facilmente acessados com o transporte público. Simples, não?
Outra banda famosa pelo combate à pobreza e à AIDS, no entanto, faz feio quando o assunto é meio ambiente. Calcula-se que a turnê 360° do U2, uma superprodução com 100 datas em 2009, tenha gerado 65.000 toneladas de CO2, o equivalente à emissão de 6.500 britânicos durante um ano ou ao de uma lâmpada ligada durante 159.000 anos.
O que torna a pegada dos irlandeses tão marcante é o transporte das estruturas do palco (3 “pernas” que pesam 390 toneladas), do equipamento (916.7 toneladas), dos 200 membros da equipe e dos 4 membros da banda, que viajam num jato particular. (Fonte: The Independent)