Os avanços tecnológicos, muitas vezes apontados entre os principais responsáveis pelos grandes impactos causados ao meio ambiente, seguem cada vez mais um caminho sustentável e a tecnologia se destaca como importante aliada na questão ecológica, além de movimentar a economia e a geração de empregos nos países com os novos produtos e serviços “verdes”. Como parte do Roteiro de Economia Verde, proposto pelo Estado do Rio, a cidade fluminense pode se tornar referência no campo da inovação tecnológica e da sustentabilidade ambiental, principalmente no que abrange o setor energético.
Com o programa Polo Verde, da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) – uma iniciativa lançada no âmbito da última Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20 –, o Brasil ganha seu primeiro parque tecnológico com infraestrutura sustentável. O projeto é inspirado no conceito britânico de “Green Districts” e está em desenvolvimento na Ilha do Bom Jesus, extensão do campus da UFRJ, na Ilha do Fundão, integrando governo, indústria e a universidade.
Entre as principais medidas, o parque promete oferecer uma grande área verde com energia elétrica e vapor de forma otimizada, um sistema de reciclagem de lixo, iluminação com lâmpadas de baixo consumo de energia (LED), ruas pavimentadas com asfalto produzido a partir de pneus reciclados, bicicletas elétricas e ciclovias, entre outros.
Ainda no âmbito do roteiro verde, um dos projetos foi amarrado durante uma reunião entre o governo do Estado do Rio, representantes de empresas de tecnologia e o Greenpeace, a bordo do navio da ONG, Rainbow Warrior, para discutir a criação de um polo de empresas de TI nestes moldes. Empresários do setor já podem manifestar o interesse em fazer parte do projeto e instalar-se em um polo alimentado por energias alternativas e limpas, infraestrutura e recursos naturais compartilhados por diversas empresas, datacenters mais “verdes” e regido pelo viés do crescimento sustentável.
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