Sem querer desmerecer todos os músicos que ensaiam por horas a fio, mas vocês deveriam tocar algumas vezes no meio da rua. Conquistar fãs apressados, fazer parar os curiosos, receber olhares de desprezo, é verdade, mas ver sorrir aqueles que pararam por um minuto para ouvir o que está acontecendo. Essa não deveria ser a função da música?
No Rio, quase não vejo artistas de rua. O saxofonista da Carioca anda meio sumido, o violinista da Rua Sete de Setembro não aparece todos os dias. São tão poucos que até os conheço. Existem outros? Não me lembro. Música na rua não deveria ficar restrita ao carnaval.
Quem já foi a Europa sabe que a cada esquina, viagem de trem ou praça você vai ouvir música. É verdade que nem sempre o som é bom. Tem muita gente ruim e desafinada tocando nas esquinas de Paris, mas é aí que entra o humor.
Muitos desses artistas estão ali para tirar um sorriso (e algumas moedas) dos passantes. Os que não têm muito talento compensam na simpatia. Nos pontos mais turísticos, a gorjeta deve ser boa…
O metrô é um caso a parte. Em Paris, dá para escolher seu caminho pelas estações com os melhores artistas – e evitar aquelas com os desafinados. No menu:
Moderno
Clássico solo
Clássico em grupo
Tocar na rua também é uma ótima forma de divulgar uma banda nova. O Revolver, que já está lançando o segundo EP, fez, em 2009, uma pequena apresentação no Jardin de Luxembourg.
Mas quem entendeu mesmo a graça das apresentações improvisadas foi o pessoal do La Blogothèque. Confiram o resultado do Phoenix tocando no Trocadero, um dos points mais turísticos de Paris. E o melhor, no final, um camelô, daqueles que vendem chaveirinhos da Tore Eiffel, é quem reconhece a banda.
7 em 1 
Vontade de ir à Paris ver e ouvir isso tudo de perto!