A notícia não podia ser pior: a pouco mais de uma semana para a abertura da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Sustentável, no Rio de Janeiro, o Ministério do Meio Ambiente divulgou um dado arrasador: 78% dos brasileiros não sabem o que é a Rio+20.
Hoje, a exatos cinco dias do início do evento, as perspectivas também não são animadoras: permanece a falta de interesse das pessoas, inclusive dos cariocas, os anfitriões da casa. Entretanto, ninguém pode culpá-los: a conferência parece não ter despertado o envolvimento sequer dos chefes de Estado, aqueles que, em tese, deveriam garantir a implementação de uma economia sustentável.
Para tentar evitar o fiasco total, no último sábado (16/06), o Brasil assumiu o comando das negociações da Rio+20. O principal impasse diplomático se resume numa questão: “Quem vai financiar a preservação dos recursos naturais?”. Se tomarmos como experiência o (in)sucesso do país na votação do Código Florestal, o desfecho da conferência já é previsível.
Não por acaso, o governo brasileiro tratou de retirar do documento oficial os pontos mais polêmicos entre os países. Ainda assim, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, garante que o relatório final da conferência será concluído até à noite de hoje (18 de junho de 2012).
Mas que ninguém se afobe. Como previram os maias, estamos vivendo o fim dos tempos. Salve nossa segunda-feira!